História
Serro
Minas Gerais – MG
Histórico
O início do povoamento do sertão dos Cataguases se deve ao
espírito intrépido dos bandeirantes paulistas que, em fins do século XVII,
iniciaram expedições em busca de ouro e de pedras preciosas, ou de índios para
o trabalho escravo.
Segundo alguns historiadores, foi Lucas de Freitas o
primeiro civilizado a penetrar em terras do atual Município de Serro. Outros
atribuem o feito a Antônio Ferreira Soares, descobridor do morro que, mais
tarde, se chamou Gaspar Soares. Essa versão tem base na Revista do Arquivo
Público Mineiro, que menciona Antônio Soares como descobridor das minas de
Serro Frio, em 1702, coadjuvado por seu filho João Soares Ferreira, pelo escrivão
Manuel Correia, pelo procurador régio Baltazar Lemos de Morais Navarro e por
Lourenço Carlos Mascarenhas e Araújo, seguidos de inúmeros escravos.
Entretanto, de acordo com o escritor serrano Nelson de Sena,
os descobridores e primeiros habitantes da região do Serro Frio, que, atraídos
pelas lavras do aurífero Hivituruí, aí se instalaram em 1703, foram os irmãos
Corrêa Arzão, Baltazar Leme Lourenço Carlos, Gaspar Soares, Lucas de Azevedo
Bartolomeu Bueno de Siqueira, Jerônimo Arzão e Pedro de Miranda.
Passa ao pé da Cidade o histórico córrego dos Quatro
Vinténs, onde foram levadas a efeito as primeiras bateadas. A existência de
ouro a granel nesse córrego foi anunciada aos exploradores pela africana
Jacinta Siqueira, que mandou construir a primeira igreja no lugar.
Em 1720, estabeleceu-se a Casa de Fundição para a cobrança
do quinto do ouro extraído das lavras. Em 1729 e 1730, Bernardo da Fonseca
descobriu diamantes no lugar.
Acusados de extravio e roubo de pedras, negros e pardos
foram expulsos em 1732.
A construção da cadeia teve lugar em 1735, seguida do
calçamento das ruas. Sete anos depois, foi edificada a Igreja da Purificação. O
Chafariz da Praia, construído em 1764, começou a funcionar em 1809.
Os índios denominavam o lugar de Hivituruí, ou seja, Grande
Serro do Frio, como passou a ser conhecido. Mais tarde, o topônimo foi mudado
para Arraial das Lavras Velhas do Hivituruí, posteriormente Vila do Príncipe,
atualmente Serro.
Formação Administrativa O MUNICÍPIO, criado com território
desmembrado do termo da antiga Vila de Sabará, recebeu a designação de Vila do
Príncipe, a 29 de janeiro de 1714 ocorrendo sua instalação a 6 de abril do
mesmo ano.
Criou o distrito o Alvará de 16 de fevereiro de 1724. Pelo
disposto na Lei Provincial n.° 93, de 6 de março de 1838, concederam-se foros
de Cidade à Sede municipal, sob a denominação de Serro, extensiva ao Distrito e
ao Município.
Pela Lei Estadual n.° 2.764, de 30 de dezembro de 1962,
foram desmembrados de Serro os distritos de Casa de Telha, Itambé e Santo Antônio
do Rio do Peixe, transformados respectivamente nos municípios de Serra Azul de
Minas, Santo Antônio do Itambé e Alvorada de Minas.
A atual composição do Município é a seguinte: Serro
(Distrito-Sede), Deputado Augusto Clementino Milho Verde, Pedro Lessa e São
Gonçalo do Rio das Pedras. A Carta Régia de 6 de abril de 1714 designou Serro
para sede de uma das 4 comarcas em que seria dividida a Capitania. Em 17 de
fevereiro de 1720 foi feita a divisão.
A Ordem Régia de 16 de março de 1720 criou a Comarca de Serro
Frio, passando a designar-se simplesmente Serro, por efeito da Lei Provincial
n.° 93 de 6 de março de 1838. Foi de 3.ª entrância desde 1.° de Janeiro de
1954, abrangendo o Município de Serro e os de Alvorada de Minas, Santo Antônio
do Itambé e Serra Azul de Minas.
Atualmente é sede de comarca de 2.ª entrância, com
jurisdição sobre os Municípios de Alvorada de Minas, Rio Vermelho, Santo
Antônio do Itambé e Serra Azul de Minas.
Fonte
IBGE