História
Onça de Pitangui
Minas Gerais – MG
Histórico
As primeiras penetrações em terras do atual município de
Onça de Pitangui, foram efetuadas por bandeirantes vindos do Estado de São Paulo.
Tais bandeirantes eram chefiados por Bartolomeu Bueno. Em 1709, acamparam em um
lugar alto, que fica a 2 Km ao norte da atual sede do município, que
denominaram de Onça Acima. Essa denominação se deve ao fato de ter sido
encontrada uma pepita de ouro de uma onça de peso (30 gramas), no referido
lugar alto.
Conforme a notícia da presença de ouro no lugar se
espalhava, iam chegando novos exploradores. Foram sendo construídas muitas
casas nos locais onde ia se desenvolvendo o garimpo, principalmente às margens
do córrego Água Limpa e do Córrego Seco. Posteriormente, a localidade recebeu o
nome de Sant'Anna de Onça do Rio São João Acima. Sant'Anna em homenagem à
padroeira da localidade e Rio São João Acima, devido ao Rio São João ser o
principal rio que banhava o arraial.
Em 1928, recebeu o nome de Jaguaruna, porém em 1944 voltou a
chamar-se Onça.
Em dezembro de 1962, o arraial foi emancipado recebendo o
nome de Onça de Pitangui, devido sugestão do Senador Gustavo Capanema, que
nasceu no arraial, no período em que a localidade pertencia ao município de
Pitangui.
Tão logo o arraial se formou, seus moradores construíram uma
igreja cercada de muros de pedras, que além de templo religioso, era usada
também como cemitério. Os sepultamentos eram feitos na área que circundava a
igreja, sendo que as pessoas de maior posição social eram sepultadas no
interior da igreja. As tábuas do assoalho eram arrancadas, as pessoas eram
sepultadas e os parentes marcavam o local com pregos de metal amarelo. Essas
marcas indicavam os nomes, datas de nascimentos e morte, além de outras
identificações.
A igreja ficou como filial do Município de Pitangui até o
ano de 1850, quando o arraial foi elevado a Freguesia, recebendo então seu
primeiro vigário, o padre Fernando Xavier de Souza Machado, que regeu a
paróquia até o ano de 1886.
A paróquia teve como substituto o padre João Batista Dias,
capelão de Pequi, que permaneceu na paróquia até 1886. Assumiu então o padre
Américo Epifânio Pereira, que era coadjutor de Pitangui; logo após foi
substituído pelo padre italiano Luiz Rivieco. Em 1887, foi transferido para a
localidade, o padre Antônio Soares Dinis, permanecendo até 1901. Na mesma
época, Monsenhor Fernando Barbosa foi licenciado e veio descansar no arraial.
Encontrou a matriz demolida e fez o trabalho de reconstrução. Celebrava os atos
religiosos na capela de São José, erguida no lardo, onde existia uma cruz, no
início da rua do capim (nome devido a existência de casas cobertas por capim).
Também concluiu os trabalhos na capela do Rosário, com a ajuda de sobrinho
Fernando da Silva Barbosa, em 1909.
Monsenhor Fernando Barbosa morreu em 21 de setembro de 1941,
no hospital de Pará de Minas, vitimado por um câncer de Próstata, aos 81 anos
de idade.
A Cruz do Monte foi plantada em 1856, pelos missionários
Frei Francisco e Frei Eugênio, capuchinhos barbados. O madeiro foi carregado
por homens em procissão do mato do Mota até o alto da serra, onde ainda hoje se
encontra.
O capitão Bento de Oliveira foi nomeado tesoureiro e
edificou uma capela cercada de muro feito de pedras. O terreno onde foi
edificada a capela, foi doado pelo Senhor Bento Barbosa de Oliveira, avô do
monsenhor Fernando Barbosa.
O Senhor Zico Barbosa, não poupando esforços para elevar seu
berço natal, fez a ligação de Onça, com Pitangui e Pequi por rede telefônica em
1917, sendo o aparelho colocado na casa do Senhor Lino Mourão.
Em 1870, foi criada a agência de correios, vindo de Bambuí
para Pitangui, tendo sido o senhor Jorge Henrique o primeiro agente postal.
O grupo escolar foi inaugurado em 1919.
A estrada de ferro foi inaugurada em 1928, com grande festa
na fazenda da Barra, quando lá chegaram os trilhos assentados. Nesse dia
discursou, grandemente emocionado, o Senhor Zico Barbosa.
Gentílico: oncense
Formação Administrativa
O município de Onça de Pitangui foi criado pela Lei nº 2764,
de 30 de dezembro de 1962, com o território desmembrado do município de Pequi.
O Arraial Novo do Onça foi o núcleo inicial da sede onde, em
1752, foi erguida uma capela dedicada a Santana.
Em 1859, o povoado era integrado ao Município de Pitangui,
tendo a denominação de Onça do Rio São João, foi elevado a Freguesia, pela Lei
nº 1046 (lei tida como a de criação de um distrito).
Em 1911, o distrito foi transferido para o Município de
Pequi, com a denominação de Onça, mudada em 1927 para Jaguaruna. Em 1943 voltou
a denominar-se Onça.
Em 1962, o povoado foi elevado à categoria de cidade, com o
nome de Onça de Pitangui. Atualmente conta apenas com o município sede.
Fonte
IBGE