A Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG) participou, nesta terça-feira (6), de uma reunião na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), para debater ações conjuntas com o objetivo de reduzir o tráfego de caminhões de minério e os índices de acidentes e óbitos na BR 040.
Representantes do poder público, iniciativa privada, mineradoras, transportadores de carga e passageiros e agências de regulação foram convidados para participar da Câmara de Medição do Crea-MG. Os atores abordaram os problemas recorrentes, principalmente no trecho de cerca de 50 quilômetros entre Nova Lima, na Grande BH, e Congonhas, na região Central, como excesso de carretas, falta de acostamento, sinalização ruim, pontes com pista simples e pavimento e drenagem precários.
A expectativa é que soluções conjuntas sejam apresentadas e colocadas em prática. "Existem recursos tanto do poder público quanto do privado, mas falta diálogo para direcionar estes investimentos para onde é preciso. É isso que vamos oferecer nesta mediação, um ambiente saudável e propositivo para garantir soluções. Este foi apenas o primeiro de muitos encontros que já estão programados para acontecerem até novembro deste ano", afirma o engenheiro civil Hérzio Mansur, que será o mediador destes encontros.
A AMIG foi representada no encontro pelos prefeitos, Orlando Caldeira, de Itabira, e Cláudio Antônio de Souza, de Congonhas, que também é coordenador do Grupo de Trabalho sobre a 040 e 356 da AMIG. O encontro também contou com a presença de Hélio Campos, prefeito de Ouro Branco e vice-presidente da Amalpa - Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Paraopeba.
Busca por soluções - Esta é mais uma das agendas da AMIG em busca de resoluções para a BR 040. A associação tem participado de debates junto ao Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor), no qual foi criado um Termo de Acordo Parcial com o objetivo de reduzir o número de acidentes e mortes nas vias 040 e 356.
O termo firmado define os atores da mediação; estabelecido grupo executivo, com o objetivo de apresentar medidas de mobilidade, infraestrutura, logística e segurança destinadas a reduzir o tráfego de carretas de minério nas duas rodovias; e definidas diretrizes de plano de mitigação dos impactos a ser apresentado pelas mineradoras.
O texto foi construído com a colaboração do Compor, Ministério Público Federal (MPF), AMIG, Amalpa, Secretarias de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Mineração (ANM), municípios de Nova Lima, Ouro Preto, Ouro Branco, Congonhas, Itabirito, Conselheiro Lafaiete, Moeda e Belo Vale.
As empresas que participaram da discussão são a Bação Logística, Cedro Mineração, Gerdau, Grupo J. Mendes, Herculano Mineração, Minar Mineração Arêdes, Mineração Ferro Puro, MSM Mineração Serra da Moeda, SAFM Mineração, Vale e Vallourec.
Em abril deste ano, a AMIG também se reuniu com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) com o objetivo de criar um Termo de Cooperação com ações de curto prazo para a PRF atuar em conjunto com as prefeituras e aumentar a fiscalização nas BRs 040 e 356. A AMIG ainda aguarda a proposta e segue acompanhando todos os debates para garantir que todos os usuários das vias tenham a segurança de trafegar por essas estradas sem correr riscos.