Antigo distrito subordinado ao
município de Ouro Preto, o surgimento de Itabirito foi possível devido as descobertas do ouro
nas imediações de Sabará e Ouro Preto, no século XVII, que provocaram um grande
deslocamento de pessoas para a região central de Minas Gerais.
Segundo o historiador Augusto de
Lima Júnior, a chegada do Capitão-Mor Luiz de Figueiredo Monterroio e de
Francisco Homem Del Rey à região do Pico de Itaubyra (atual Pico de Itabirito),
em 1709, deu início aos primeiros núcleos fixos de habitantes e à
intensificação da extração do ouro na atual sede de Itabirito.
Na parte alta dessa localidade,
foi construída, em 1721 a Ermida de Nossa Senhora da Boa Viagem. Posteriormente, a construção se tornaria a Matriz de Nossa Senhora da Boa
Viagem, que ainda preserva o estilo colonial.
A economia de Itabira do Campo
(nome antigo de Itabirito), apesar da crise provocada pela diminuição do ouro
em Minas Gerais a partir de 1780, continuou sendo alimentada pelos trabalhos de
extrações auríferas e pelas atividades agrícolas e pecuárias.
O cenário começa a mudar na década
de 1880, com as instalações dos trilhos da Estrada de Ferro Dom Pedro II, a
abertura de empresas nos ramos da siderurgia, tecidos e couro. A paisagem
colonial foi substituída pela paisagem industrial. Esse desenvolvimento
tornou-se a base de sustentação para os desejos de emancipação municipal, logo
depois nasceu a cidade de Itabirito que, em tupi-guarani, significa “pedra que
risca vermelho”.
Até os dias de hoje, a cidade é conhecida pelo seu pastel de angu. Conta a lenda que a joia culinária foi criada, no século XIX, pelas escravizadas Philó e Maria Conga, elas teriam aproveitado uma sobra de angu, principal refeição dos escravos, recheando-a com um guisado feito com umbigo de banana e restos de carne. Com o passar do tempo, o prato se tornou paixão dos itabiritenses e de turistas que visitam a cidade só para experimentar a delícia, que foi se aprimorando com recheios mais sofisticados.
Outra
atração é o Complexo Turístico da Estação. Inaugurado em 2003, o ponto veio
para resgatar o passado e relembrar a estrada de ferro pela qual chegou D.
Pedro II através de uma Maria Fumaça, no século XVII.
Dona de uma natureza exuberante, a cidade se destaca por suas cachoeiras e pelo o Morro do Cristo ou Cruzeiro João Pinto, que possui do alto de seus 1.179 metros uma vista de onde pode-se observar a Serra da Piedade, o Pico do Itacolomy e a Serra do Caraça.
Itabirito está inserida na região do Quadrilátero Ferrífero e abriga importante atividade de exploração de minério, além de outros ramos dinâmicos nos setores da indústria e de serviços. Atualmente, o município desenvolve-se buscando equilibrar as necessidades do presente e a valorização do seu patrimônio cultural.
A
AMIG parabeniza a cidade de Itabirito por seus 312 anos de história!