O nome Paracatu é originário do Tupi-Guarani
e significa "rio bom". O rio Paracatu é o mais importante do
município e também o mais caudaloso afluente do rio São Francisco. O antigo
povoado surgiu entre 1690 e 1710, no ponto de convergência dos diversos
caminhos que ligavam o litoral - Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro - às “minas
gerais” e aos sertões do Brasil.
Era o caminho de ligação entre os primeiros
achados de ouro em Minas. Servia também como pouso de tropeiros, que
transportavam o ouro de cidades goianas.
Em 1744, a descoberta de ouro na região de
Paracatu - pelo bandeirante Felisberto Caldeira Brant e seus irmãos - foi
anunciada, ao governador Gomes Freire de Andrada, por José Rodrigues Frois.
Assim, em meados do século XVIII, nasceu o Arraial de São Luiz e Sant' Anna das
Minas de Paracatu, em função da extração do ouro que, durante algum tempo, foi
abundante e era retirado dos depósitos aluviais locais.
As minas de Paracatu foram as últimas jazidas
descobertas em Minas Gerais, no momento em que a extração do ouro chegava ao
fim em outros locais. Diante disso, a cidade ganhou importância no cenário
nacional, na primeira metade do século XVIII e conquistou o título de “Princesa
do Sertão”.
O
centro histórico do município foi tombado no ano de 2010, como patrimônio
cultural brasileiro pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. De acordo
com Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a cidade
mantém seu centro histórico praticamente intacto.
Hoje
com cerca de 85 mil habitantes, sendo 66 mil na zona urbana, a cidade é
referência na região Noroeste de Minas Gerais e se orgulha de sua gente
hospitaleira e da sua tradição cultural.
A
criatividade do artesanato da cidade demonstra a influência da arte em toda a
comunidade, reforçando as tradições locais. Bordados, pinturas, crochê e
tecelagem são alguns dos exemplos do que é produzido pelos artesãos de
Paracatu.
Também
reconhecida pelo Circuito das Cachoeiras do Prata, a 37 Km do município, a
região é ideal para prática do Ecoturismo. Na localidade há propriedades
particulares voltadas para o entretenimento e a preservação ambiental.
Atualmente o município recolhe CFEM sobre
minério de ouro, minério de zinco, calcário dolomítico, minério de chumbo,
silvanita, cascalho, areia e minério de alumínio.