Para o CRU Group, o preço do minério de ferro agora está em um nível mais sustentável após a onda de vendas provocada pela ameaça do coronavírus à demanda global enquanto a oferta permanece praticamente intacta. Nesta quinta-feira (2), porém, os preços voltaram a subir no mercado da China.
Cerca de US$ 80 a tonelada é um "preço muito mais realista", segundo Erik Hedborg, analista sênior do CRU Group."Os preços ficaram em torno de US$ 90 no primeiro trimestre e achamos que uma continuidade não era realista. Foi quando vimos a mudança em março." Embora a situação possa mudar muito rapidamente, os preços devem permanecer estáveis ou mostrar leve queda, disse.
Nesta quinta-feira, o contrato futuro mais negociado na Bolsa de Dalian, com vencimento em maio, encerrou o dia cotado a 647 iuanes (US$ 91,18), 1,33% acima do fechamento de quarta-feira, segundo a MMI, de Xangai.
O preço do minério de ferro conseguiu se segurar devido aos cortes de oferta, produção de aço elevada e apostas de estímulos na China, mesmo quando outras commodities, como o cobre, afundam neste ano por causa do surto. Desde meados de março, os preços começaram a cair em meio à recuperação das exportações e avanço da pandemia, atingindo siderúrgicas no mundo todo. Os preços de referência caíram cerca de 10% em duas semanas.
Na China, embora a demanda esteja se recuperando, "a questão é até que ponto", disse Hedborg em entrevista por telefone de Londres. A demanda por aço e exportações estão fracas, enquanto os estoques permanecem altos, disse. Com exceção da China, as siderúrgicas europeias tiveram o maior impacto na produção, avalia.
Ao mesmo tempo, a oferta de minério de ferro praticamente não foi afetada, com a maioria extraída na Austrália e no Brasil. Até agora, cortes em países como África do Sul e Canadá reduzirão o suprimento transoceânico em apenas 0,4%, de acordo com a Bloomberg Intelligence.
Ainda assim, a propagação do vírus na região que produz volumes significativos de minério de ferro no Brasil é acompanhada de perto, disse Hedborg. Há menos preocupação com mineradoras australianas, que se apoiam em trabalho remoto, automação e centros de saúde adequados, disse.
Outros mercados
O preço do minério de ferro conseguiu se segurar devido aos cortes de oferta, produção de aço elevada e apostas de estímulos na China, mesmo quando outras commodities, como o cobre, afundam neste ano por causa do surto. Desde meados de março, os preços começaram a cair em meio à recuperação das exportações e avanço da pandemia, atingindo siderúrgicas no mundo todo. Os preços de referência caíram cerca de 10% em duas semanas.
Na China, embora a demanda esteja se recuperando, "a questão é até que ponto", disse Hedborg em entrevista por telefone de Londres. A demanda por aço e exportações estão fracas, enquanto os estoques permanecem altos, disse. Com exceção da China, as siderúrgicas europeias tiveram o maior impacto na produção, avalia.
Ao mesmo tempo, a oferta de minério de ferro praticamente não foi afetada, com a maioria extraída na Austrália e no Brasil. Até agora, cortes em países como África do Sul e Canadá reduzirão o suprimento transoceânico em apenas 0,4%, de acordo com a Bloomberg Intelligence.
Ainda assim, a propagação do vírus na região que produz volumes significativos de minério de ferro no Brasil é acompanhada de perto, disse Hedborg. Há menos preocupação com mineradoras australianas, que se apoiam em trabalho remoto, automação e centros de saúde adequados, disse.
Outros mercados
Com a piora do surto fora da China, siderúrgicas são obrigadas a interromper ou diminuir a produção. A ArcelorMittal, a maior siderúrgica da Europa, nota ou espera uma retração significativa do setor e está reduzindo a produção. Nos EUA, cinco associações siderúrgicas solicitaram ao Congresso um projeto de lei de estímulo à infraestrutura.
"Siderúrgicas no mundo todo serão prejudicadas em todas as frentes pela pandemia de coronavírus, e esperamos que os preços e margens dos produtos diminuam no curto prazo", disseram os analistas da Bloomberg Intelligence, Andrew Cosgrove e Grant Sporre. Eles projetam que a demanda por aço caia entre 10% e 15% nos EUA e na Europa e pouco mais de 3% na China este ano.
Como as usinas da Europa, Japão e Coreia do Sul cortam a produção, também há implicações nos fluxos de minério de ferro. Mais volumes podem ser redirecionados para a China, onde os preços à vista são determinados, o que traz risco de baixa para as cotações, disse Hedborg, do CRU. Com informações da Bloomberg.
"Siderúrgicas no mundo todo serão prejudicadas em todas as frentes pela pandemia de coronavírus, e esperamos que os preços e margens dos produtos diminuam no curto prazo", disseram os analistas da Bloomberg Intelligence, Andrew Cosgrove e Grant Sporre. Eles projetam que a demanda por aço caia entre 10% e 15% nos EUA e na Europa e pouco mais de 3% na China este ano.
Como as usinas da Europa, Japão e Coreia do Sul cortam a produção, também há implicações nos fluxos de minério de ferro. Mais volumes podem ser redirecionados para a China, onde os preços à vista são determinados, o que traz risco de baixa para as cotações, disse Hedborg, do CRU. Com informações da Bloomberg.