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Vale quer retomar capacidade de produção paralisada de 40 Mtpa até 2021


Foto reprodução site Vale S.A
O volume deixou de ser produzido devido à paralisação de diversas operações após o rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão ocorrido em Brumadinho (MG) em 25 de janeiro do ano passado.

Para 2020, a empresa tem faixa de meta de 340 milhões a 355 milhões de toneladas, contra 312,5 milhões de toneladas, entre minério e pelotas, produzidas em 2019.

Segundo a mineradora, a previsão é da retomada de uma produção adicional de 15 Mt este ano e mais 25 Mt em 2021. Para atingir a meta, a empresa foca na reativação das operações de Timbopeba e Fábrica, em Ouro Preto, e Complexo Vargem Grande, em Nova Lima, ambas em Minas Gerais.

Para isso, a companhia afirma que está mantendo discussões com a Agência Nacional de Mineração (ANM), com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e com as empresas de auditoria externa encarregadas de analisar a segurança das operações que estão total ou parcialmente paralisadas com o objetivo de “iniciar testes nos sites e retomar gradualmente a produção”.

Em relatório de produção, a mineradora salientou que a retomada em novembro passado das operações na mina de Alegria, no complexo de Mariana (MG), já contribuirá com cerca de 8 Mt em 2020, “adicionando aproximadamente 5 Mt de produção em relação a 2019”.

Brucutu
Segundo a Vale, a mina de Brucutu, a maior da empresa em Minas Gerais, deve continuar operando com 40% da capacidade total de produção, de 30 Mtpa, ao menos até o fim de março.

Este é o prazo que a companhia afirma ser necessário manter a suspensão da disposição de rejeitos na barragem de Laranjeiras, que passa por avaliação geotécnica, para garantir a “retomada segura da operação”. “Os resultados (da avaliação) determinarão as ações corretivas, se houverem, para retomar a disposição de rejeitos na barragem”, declarou a empresa.

A mineradora afirmou ainda que, além do processamento a úmido com filtragem de rejeitos que é realizado atualmente na operação, também são avaliadas alternativas “de curto prazo” para a disposição de rejeitos, como a otimização do uso da barragem Sul, que podem aumentar a capacidade de produção de Brucutu para 80%.

Devido à suspensão da disposição de rejeitos na barragem de Laranjeiras e ao consequente impacto na operação de Brucutu, a Vale revisou sua faixa de meta de produção de pelotas de 49 Mt para 44 Mt em 2020.

Vargem Grande
Em relação ao Complexo Vargem Grande, a Vale salientou que a logística na operação já foi liberada após a retomada das operações no Terminal Ferroviário de Andaime (TFA) em janeiro passado, o que, de acordo com a empresa, “permitirá embarques ferroviários de, aproximadamente, 7 Mt de estoque de produtos retidos”.


A retomada da planta de pelotização de Vargem Grande é esperada para o terceiro trimestre deste ano. De acordo com a Vale, o pellet feed para produção de pelotas será provido pela planta de beneficiamento do site, o que exigirá a disposição de rejeitos na barragem de Maravilhas I e na pilha de estéril Cianita até o start-up da barragem de Maravilhas III, previsto para o trimestre seguinte.

“A execução de testes de impacto nas estruturas do site com a operação da planta de pelotização depende da aprovação da auditoria externa do MPMG, enquanto a retomada da planta de beneficiamento e seu plano de aproveitamento econômico dependem da aprovação da ANM”, observou a companhia.

“A Vale espera receber as autorizações necessárias do Ministério Público para retomar operações no site de Timbopeba no primeiro trimestre, usando processamento a seco, após a avaliação da auditoria externa do MPMG”, afirmou a companhia no relatório.

“As atividades de processamento a úmido devem ser retomadas no quarto trimestre, após a conclusão da instalação de um duto para disposição de rejeitos na cava de Timbopeba. Alternativas estão em avaliação para antecipar o uso de processamento a úmido”, acrescenta o documento.

Segundo a Vale, a expectativa é de retomada da operação da mina de Fábrica no segundo trimestre, após a execução de testes de vibração para “certificar a ausência de impacto nas estruturas do site, cuja realização depende da aprovação da ANM e de auditoria externa do MPMG”. A Vale espera operar utilizando o método de processamento a úmido, com a disposição de rejeitos na barragem de Forquilha V, a partir do terceiro trimestre.

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